Saudades

Hoje acordei com tantas saudades de tantas pessoas que agarrei no telemóvel e enviei mensagem às mais importantes. Àquelas que estão mais próximas. Porque nunca mais vou perder a oportunidade de dizer a alguém o quanto gosto e o quanto me faz falta. Porque todos me fazem muita falta neste momento. Nem imaginam o quanto.... Mesmo quem não recebeu mensagem... sinto falta de todos... e de tudo. Gosto-vos.

JP

Disseste que vinhas
E não chegaste
Mudaste de planos, ok
Mas isso deitou-me tão abaixo
Espero que tenhas pensado bem
Estou triste que só eu sei
Preciso de alguém

Chaminés pretas deslizam
Nas janelas de mais um comboio
Casas e pessoas
Feias árvores falidas
E um céu angustiado
Tal é o meu quadro
Estou bem chateado

E agora toca a arranjar o buraco
Que eu tenho no coração
Vou mudar de cenário
Que a coisa assim está mal parada
Vou procurar calor
Mudar de estação

Há-de vir alguém
Ao meu encontro na estrada

Pensei tanto em ti
Que não calculas
De manhã, à tarde e ao anoitecer
Andava louco de contente
Só com a ideia de te voltar a ver
Ahh, mas que grande idiota
Voltei a perder

Procuro no fumo e no vinho
A forma de chegar depressa à fronteira
Mas sei muito bem que a dor que sinto no peito
Não vai com a bebedeira
Pus-me a voar a cair
Da pior maneira

E agora toca a arranjar o buraco...

"Gosto da tua camisola"
"Gosto desse boné"

E eu gosto destes comentários amigos e sinceros. Encontrei uma cópia minha :)
Mundo pequeno. Ou petit, para começar a habituar :)

"Com tanta gente e logo tinha de nos calhar aqui esta peça..."

Fiquei contente com este comentário :) esta sou eu :D

Já tinha saudades deste sol... Finalmente a fotossíntese... talvez venha melhorar tudo o resto...

o Aqui e o Agora

"Se a nossa amizade está dependente de coisas como o espaço e o tempo, quando finalmente os ultrapassamos, teremos destruído a nossa irmandade. Ultrapassando o espaço, tudo o que resta é Aqui. Ultrapassando o tempo tudo o que resta é Agora. E entre o Aqui e o Agora não achas que nos poderemos encontrar uma ou duas vezes? "

Fernão Capelo Gaivota- Richard Bach.

E a chuva que cai na rua parece vir directa à minha alma e ao meu coração... só isso justifica o que sinto... estou cansada.

Arrumações...

“Ao contrário da gaveta das t-shirts das crianças, os adultos parecem ter sempre as ideias bem vincadas e a cabeça sem nódoas e arrumadas (…). Mas, infelizmente, tanta arrumação não autoriza os adultos a deitarem-se na relva, de nariz para o ar, descobrindo, nas nuvens, elefantes, velhas feiticeiras, ou sinais de fumo que talvez cheguem de uma tribo acampada algures, nalgum lugar do céu. Se a cabeça não lhes pesasse sobre os ombros, os adultos andariam mais vezes com ela nas nuvens, e perceberiam melhor que nem sempre a cabeça arrumada e, aparentemente sem nódoas, é o “céu” que lhes permite ser mais bonitos e mais felizes.”

in Tudo o que o Amor não é... de Eduardo Sá