29/03/2009

Não é tarde...

E quando pensas que tens todas as respostas... vem a vida e muda todas as perguntas...
E quando pensas que ja sentiste tudo o que havia para sentir, vem novamente a vida e mostra-te o quanto ainda te falta percorrer... sentir... e ficas com vontade de viver mais e mais e ainda mais... Afinal ainda não é tarde.

28/03/2009

26/03/2009

Porque tens algo de diferente e especial...

Solidão




Solidão
não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo.....
isto é carência.

Solidão
não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos
que não podem mais voltar.....
isto é saudade.

Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe,
às vezes, para realinhar os pensamentos.....
isto é equilíbrio.

Solidão
não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente
para que revejamos a nossa vida.....
isto é um princípio da natureza.

Solidão
não é o vazio de gente ao nosso lado.....
isto é circunstância.

Solidão
é muito mais do que isto.

Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos
e procuramos em vão pela nossa alma .....


Francisco Buarque de Holanda

22/03/2009

Só podia...

Lá estava Ele... Só. No fundo era assim que se sentia sempre. Só. Tudo porque um dia teve tudo. Mas nunca prestou muita atenção. Agora era diferente. A falta de algumas coisas fizeram-no recuar no tempo. E lembrar tudo o que teve. Porque agora não tinha nada. Tinha. A dor, a solidão e ele próprio. Ainda se tinha a ele próprio. E até gostava daquilo que tinha. Embora isso fosse pouco, muito pouco... Que fazer quando ja não se pode voltar atrás e recuperar aquilo que ficou preso lá... não se sabe muito bem onde? Era nisto que Ele pensava. Já estava naquilo há algum tempo quando a chuva começou de cair. As gotas molhavam-lhe o rosto, gelado e cansado. Sentiu-as. Afinal ainda sentia. Apesar de serem simples gotas de chuva. E ali ficou. De olhar perdido, a olhar o horizonte. A rever cada imagem, cada momento daquilo que tinha sido a sua vida. Uma tarefa mais árdua o aguardava. Imaginar a partir dali. Até porque tinha sido ele a escolher o caminho que agora se encontrava prestes a iniciar. Mas antes mesmo de começar a segui-lo, uma espécie de dúvida enchia-lhe a alma a o pensamento. Não era bem dúvida. Porque ele até tinha certezas... eram raízes que ainda estavam coladas lá. Lá mesmo atrás. Raízes que o prendiam áqueles momentos.... raízes que nem Ele sabia que estavam lá. Mas afinal, estavam. E não eram assim tão poucas. Ele sabia que era por ali que queria ir. Mas as raízes não deixavam. A culpa não era dele, está visto. A culpa era toda das raízes. Só podia.

Quando não consegues exteriorizar aquilo que sentes verdadeiramente, sofres em silêncio.

21/03/2009



Há dias em que gostávamos tanto, tanto de escrever... e nada... não escrevemos nada...

18/03/2009

É.

E quando o sono não vem, quando gostávamos que viesse? E quando o tempo passa quando gostávamos que parasse? E quando não controlamos tudo aquilo que queriamos? E quando nada bate certo? E quando... E quando sei lá o quê... Devia vir o sono. E com ele o sonho. E depois um dia novo amanhã... Ou hoje. Amanhã já será hoje. Andamos em período de contradições. Do diz que disse. Poderia ser? É.

16/03/2009

Eternos...

E depois de algum tempo voltas a sentir. E a sentir. E a sentir. Mas sabes que tudo tem um fim. E normalmente mais cedo do que aquilo que esperamos. Ou mesmo, não mais cedo, mas ali. No momento. Após. E voltas a sentir, mas desta vez aquilo que não era... Com a esperança que tudo não passe de um ciclo, que vicioso ou não, será sempre um ciclo. No end. Somos assim. Eternos insatisfeitos.

Mais um fim-de-semana...
















12/03/2009

Não podia...

Há coisas que não podiam acontecer. Simplesmente porque não… Porque são demasiado fortes para conseguirmos arcar com elas…. Porque não merecemos. Mas elas acontecem. Quando não esperamos, de quem não esperamos. Acontecem. E o escuro desce e a dor cresce. Tomamos consciência. Sentimos. E paramos. Avaliamos. E depois, a muito custo, seguimos.
Hoje recordo este excerto:

“Primeiro sentiu uma onda de medo e choque, quando a escuridão o envolveu. Depois sentiu-se flutuar num céu estranho, esquecendo, recordando, esquecendo; com medo, dor e tristeza, uma imensa tristeza…”

09/03/2009

05/03/2009

Passagem

Ela estava lá. Uma manhã de sol. O mar calmo. Areal cheio. De repente o seu olhar parou numa Criança que, muito atarefada, construía um bonito castelo de areia. Colocava areia… uma concha aqui… uma pedra ali… Dava gosto olhar para o entusiasmo daquela Criança… o modo como tratava do seu castelo como se de uma verdadeira obra de arte se tratasse. E era!!! Era o seu castelo. E a Criança continuou a brincar e a brincar… De repente... uma onda mais forte, subiu mais um pouco… e destruiu metade do seu castelo. A Criança não queria acreditar. O seu castelo que tinha demorado tanto a fazer… as conchas… as pedras… Teria de começar de novo a sua construção. E assim fez. Voltou a colocar areia. E mais conchas e mais pedras. Tudo ficou como antes. E a criança sorriu… Mas… Veio outra onda. Mais forte. Destruiu tudo e quase ia levando a criança… não restou nada… apenas a areia... A Criança levantou-se e começou a chorar. Um adulto aproximou-se. Deu-lhe coragem, ânimo. Explicou. A criança ouviu. Parou de chorar. Voltou a fazer o seu castelo... Mais areia, mais conchas e mais pedras... E mais uma onda. Ate que depois de algum tempo a Criança arrumou os seus brinquedos. Talvez estivesse cansada. O dia estava a terminar. E em breve abandonariam a praia. E Ela pensou que aquela Criança, de certo voltaria no dia seguinte. E construiria o seu castelo. Sabia da onda. Mas iria construi-lo na mesma. Sem desistir... E Ela recordou o que tinha sido a sua vida. Olhou para a areia. Tocou-a. Fugaz. Solta. Leve. Pensou na sua vida. Pensou na Criança e no seu castelo. Estaria o problema na areia? Nas conchas, nas pedras? Ou no mar? Voltou a tocar a areia. Levantou os olhos para o mar. Viu a Criança que se afastava com o adulto pela mão. E percebeu qual era a diferença entre Ela e a Criança….


ÉsseBê

02/03/2009

Resumo de um fim-de semana...

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