20/01/2009




Não entendo porque é que a Vida passa o tempo a separar-nos daquilo que mais gostamos... Deve dar-lhe prazer...
Hoje, olhei com olhos de ver para o calendário. Dia 20. Hoje é o vigésimo dia do ano de 2009. E quase nem dei conta que o 2008 ficou para tras, daqui a pouco há um mês... E ainda nem tive tempo para fazer o balanço. Se calhar tenho de "fechar para balanço"... Agora que páro, que páro mesmo, como foi 2008? Acima de tudo um ano de mudanças, de grandes mudanças. Uma descoberta do meu eu e daqueles que me rodeiam. E apesar de tanta dor, perdas, choques, quedas... foi um ano bom. Aprendi muitas coisas durante o estado quase vegetativo em que me refugiei durante uns tempos... conheci a solidão e a pressão da ausência. Conheci-me no silêncio. Revi-me nas lágrimas. Mas também me reencontrei no sorriso, meu e dos outros, nos ombros amigos, nas presenças sempre constantes daqueles que não me deixaram e acreditaram que era capaz de seguir, quando já tudo indicava o contrário. Ficam as cicatrizes, marcas para sempre, para me lembrar de todas as coisas... Nelas reconheci a minha culpa e ganhei "bagagem" para reconstruir aquilo que estou hoje. Andei perdida, mas voltei a reencontrar-se, depois de um upgrade a todo o meu interior.
2008 foi assim. Mas também foi acreditar, acreditar numa nova luz... foi sentir, sentir que estava viva... foi sorrir, sorrir de tudo e de nada... foi sonhar, sonhar com aquilo que nunca se pensou... foi mudar, mudar de vida, mudar de cidade, mudar de casa, mudar de atitude, mudar... Foi correr, correr sempre... Foi acreditar, acreditar que se pode mudar...
No final de contas, 2008 foi tudo. E nada também.
Que 2009 seja o consolidar daquilo que consegui até hoje. Mas prognósticos... só no final do ano... E finalizo com uma frase que caracteriza o dia de hoje numa outra parte do globo: yes, we can!